30 de jun. de 2013

E a crítica de hoje é...

Minha Mãe é uma Peça (2013)






Direção: André Pellenz

Produção: Iafa Britz

Roteiristas: Paulo Gustavo
                  Fil Braz

Elenco Principal: Paulo Gustavo - Dona Hermínia
                          Mariana Xavier - Marcelina
                          Rodrigo Pandolfo - Juliano 
                          Suely Franco - Tia Zélia
                          Herson Capri - Carlos Alberto
                          Ingrid Guimarães - Soraya 
                          Bruno Bebianno - Garib
                         Alexandra Richter - Iesa
                         Samantha Shmütz - Valdéa
                         Mônia Martelli - Mônica
                        

Doses e mais doses de humor, temperadas com drama e com o apelo de uma mãe desesperada. Minha mãe é uma peça ilustra o dia-a-dia de mães que se desdobram pra criar os filhos, e muitas vezes não cuidam de si mesmas, e de como os adolescentes acham suas mães loucas, desesperadas, neuróticas, chatas... 

Dona Hermínia, personagem principal, tem um pouco de cada mãe, mesmo vivido pelo humorista Paulo Gustavo. É um filme com uma produção incrível, as locações, todas em Niterói, as casas decoradas ao estilo "brega", os modelitos usado pela protagonista, a trilha sonora... Tudo no filme se encaixa pra criar um cotidiano que muitas mães estão acostumadas. Algumas sequências são tão parecidas que dá pra imaginar a sua mãe no lugar.

O longa também preza pelo drama, nos momentos em que Hermínia está desesperada por notícias de seus filhos, mas que não quer abrir mão do orgulho. E mostra que as vezes muitas mães são exageradas, e culpam os filhos por algumas coisas que não tem muito sentido. Como por exemplo, ao longo de todo o filme, a mãe pratica uma espécie de bullying com a filha, e depois a culpa por isso.

As relações entre personagens são marcadas por nada menos que a irritante Hermínia enchendo o saco de todos. Ao mesmo tempo que interpreta a zelosa matriarca, ela consegue irritar a todos pelo jeito arrogante de ser. Mas se você vai ver o filme só pra rir, vale a pena. O humor é presente em 95% de todas as cenas.


Eu gostei, sinceramente. Tem o mesmo tipo de humor acido e escrachado do 220 Volts, algo que eu estou bem acostumada a praticar. Paulo Gustavo dá um show como mulher. O filme também aborda temas que agora nem são mais tão tabus, como homossexualidade, divórcio, obesidade, consumo de drogas, álcool... 

Recomendado pra toda a família. Levem suas mães/pais/tias/avós/madrinhas para assistir, vale a pena os momentos de risada. Palmas pro humor brasileiro, que conseguiu usar um tema recorrente do nosso cotidiano pra fazer sucesso. Leva 5 estrelas pela simplicidade do roteiro, pela bela produção e pela qualidade do humor usado na construção do filme.

Cíntia Rocha

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